A teriflunomida é um medicamento usado principalmente no tratamento de formas recidivantes de esclerose múltipla (EM). Como uma terapia que modifica a doença, reduz o número de surtos e pode retardar a progressão física da EM. No entanto, devido a possíveis efeitos colaterais, como toxicidade hepática e riscos teratogênicos, é necessário um programa de monitoramento detalhado para pacientes que estão tomando teriflunomida. Aqui está um esquema de monitoramento que geralmente é recomendado, embora as diretrizes possam variar dependendo das regulamentações locais e da prática médica:
Monitoração do Tratamento:
Os pacientes devem seguir atentamente as instruções de monitoramento e consultar regularmente seus médicos enquanto estiverem usando teriflunomida.
1. Monitoramento Mensal da Função Hepática: Durante os primeiros seis meses de tratamento, exames de função hepática devem ser feitos mensalmente.
2. Acompanhamento de Sinais e Sintomas de Hepatotoxicidade: Os pacientes devem relatar quaisquer sinais e sintomas que possam indicar problemas no fígado, como icterícia (pele ou olhos amarelos) ou urina escura.
3. Monitoramento da Pressão Arterial: A pressão arterial deve ser verificada periodicamente, conforme determinado pelo médico.
4. Monitoramento Contínuo do Hemograma: A contagem completa de células do sangue deve ser monitorada periodicamente conforme a prática clínica.
5. Reavaliações para Tuberculose: Dependendo do risco e da exposição, pode ser necessário avaliar periodicamente o desenvolvimento de tuberculose ativa.
Devido ao longo período de semi-vida da teriflunomida, o monitoramento pode ser necessário por vários meses após a descontinuação do tratamento.
Contracepção e Planejamento Familiar:
Deve-se discutir e aplicar medidas contraceptivas eficazes para as mulheres em idade fértil, e os homens devem ser aconselhados sobre o potencial risco para o feto e as medidas apropriadas a tomar.
Efeitos colaterais mais comuns incluem:
- Alopecia (Perda de Cabelo): Uma redução na densidade ou volume do cabelo é frequentemente relatada, mas geralmente é temporária e reversível após o término do tratamento.
- Diarréia: Pode ocorrer em algumas pessoas, mas geralmente é leve e gerenciável.
- Náuseas: Sensação de enjoo, que pode ser acompanhada de vômitos em alguns casos.
- Aumento das Enzimas Hepáticas: Monitoramento regular das funções hepáticas é recomendado, pois a Teriflunomida pode causar elevação das enzimas hepáticas, indicando um possível impacto no fígado.
- Leucopenia (Redução dos Leucócitos): A Teriflunomida pode levar a uma diminuição no número de glóbulos brancos, o que pode aumentar o risco de infecções.
- Hipertensão (Pressão Alta): Alguns pacientes podem experimentar um aumento na pressão arterial.
- Parestesia: Sensações anormais na pele, como formigamento ou dormência.
- Dor nas Articulações e Dor nas Costas: Alguns pacientes relatam dores musculoesqueléticas durante o tratamento.
- Alterações Menstruais: Mulheres podem experimentar alterações em seus ciclos menstruais.
Dr. Omar Gurrola Arambula – Neurologista Campo Grande MS CRM:8297 / RQE: 7171
Aqui está um esboço do processo de monitoramento baseado em informações que são comumente encontradas na bula do medicamento, sujeitas a variações baseadas em atualizações e práticas clínicas específicas