A esclerose múltipla, assim como outras doenças neuroimunes são doença crônicas do sistema nervoso central que podem ser altamente imprevisíveis e os medicamentos imunomoduladores e imunossupressores, têm um papel importante no ajuste do sistema imunológico para evitar que ele ataque o próprio corpo, o que caracteriza as doenças autoimunes. Porém, essas substâncias também podem deixar o corpo mais suscetível a infecções e outros efeitos colaterais. Por isso, o monitoramento é crucial.

Esclerose múltipla

Motivos para monitorização periódica:

1. Eficácia do Tratamento: Avaliar se o medicamento está sendo eficaz na supressão da atividade da doença.

2. Efeitos Colaterais: Detectar precocemente potenciais efeitos colaterais como infecções, toxicidade hepática, redução da contagem de células sanguíneas, entre outros.

3. Prevenção de Infecções: Pacientes imunossuprimidos estão em maior risco de desenvolverem infecções. A monitorização pode ajudar a prevenir ou tratar estas infecções precocemente.

4. Adaptação de Doses: Ajustar as doses para conseguir um equilíbrio entre o efeito terapêutico e os efeitos adversos.

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doença esclerose multipla

Lembra-se que este monitoramento deve ser personalizado de acordo com as necessidades do paciente e o tipo de medicamento que está sendo utilizado.

Monitorar as formas progressivas da doença

Monitoramento Efetivo de Pacientes com Esclerose Múltipla e Outras Doenças Neuroimunes: 

Identificar prontamente mudanças no curso da doença, pode permitir que os médicos identifiquem essas alterações e assim os pacientes respondam a um tratamento mais apropriado. Os tratamentos atuais podem não ser igualmente eficazes em todas as fases da doença, então ajustes podem ser necessários.

  1. A Esclerose Múltipla Secundariamente Progressiva (EMSP) é uma fase da Esclerose Múltipla (EM), após um período inicial de surtos e remissões (característico da EM remitente-recorrente), o paciente passa a apresentar um agravamento progressivo dos sintomas sem períodos claros de melhora. Este avanço é contínuo e gradual, pacientes podem perceber a transição para a EMSP através do aumento constante de sintomas como fraqueza, dificuldade na coordenação, problemas de equilíbrio, alterações na fala, fadiga, entre outros, mesmo em uso de medicamento para esclerose múltipla.

  1. A Esclerose Múltipla Primariamente Progressiva (EMPP) é uma forma rara da Esclerose Múltipla, se caracteriza por um agravamento gradual e constante dos sintomas desde o início, sem períodos de remissão ou surtos claros. Os pacientes frequentemente percebem a presença da EMPP, através do aumento progressivo e contínuo desses sintomas, que tendem a piorar ao longo do tempo, mesmo em uso de medicamento para esclerose múltipla.

Controle dos níveis de vitamina D

O controle dos níveis de vitamina D em pacientes com esclerose múltipla (EM) e outras doenças neuroimunes, é considerada importante por várias razões. A vitamina D tem uma função reguladora no sistema imunológico e está associada a vários benefícios na saúde em geral, incluindo a função do sistema nervoso. Na EM, a monitorização da vitamina D é particularmente relevante por que ajuda na regulação da imunidade; Estudos indicam uma relação entre baixos níveis de vitamina D e uma maior incidência de surtos em pacientes com EM, saúde óssea, estado de Humor e Bem-estar, lembrando que o excesso dessa vitamina, também pode trazer malefícios para saúde, por isso a necessidade do controle adequado para cada paciente;

Triagem de Câncer em Pacientes com Doenças Neuroimunes e Imunodeprimidos

Doenças neuroimunes precisam de tratamentos que levam à imunossupressão, o que podem alterar a capacidade do corpo de detectar e combater células cancerígenas. Por isso, é importante que os pacientes tenham um acompanhamento regular com seus médicos. Isso inclui realizar exames de triagem para câncer conforme as diretrizes da OMS adequadas para cada caso. Estes exames podem variar desde:

  1. Mamografia para Câncer de Mama: Recomendada anualmente para mulheres a partir dos 50 anos, ou mais cedo, dependendo do histórico familiar.
  2. Papanicolau para Câncer do Colo do Útero: Sugerido para mulheres entre 25 e 64 anos.
  3. Colonoscopia para Câncer Colorretal: Aconselhada a partir dos 50 anos, ou antes, dependendo de fatores de risco pessoais e familiares. Esta frequência pode variar, mas geralmente é a cada 10 anos se não houver fatores de risco adicionais.
  4. Exame de Pele para Câncer de Pele: Recomendado periodicamente, especialmente para aqueles com exposição significativa ao sol ou histórico de queimaduras solares.
  5. Exames de Sangue e de Imagem para Câncer de Próstata: Discussão anual recomendada para homens a partir dos 40 anos sobre a necessidade de realizar o exame de PSA.
  6. Tomografia Computadorizada de Baixa Dose de radiação para Câncer de Pulmão: Indicada para indivíduos com histórico de tabagismo pesado, especialmente aqueles entre 55 e 80 anos.

A detecção precoce é um fator chave no tratamento eficaz do câncer. Quando diagnosticado em estágios iniciais, as chances de tratamentos bem-sucedidos aumentam significativamente. Portanto, a triagem regular não é apenas uma medida de prevenção, mas também uma estratégia proativa para manter a saúde geral dos pacientes.

Lembramos que as recomendações para triagem podem variar com base em fatores individuais, como idade, histórico familiar e condições de saúde específicas. Por isso, é essencial consultar regularmente um médico para determinar o plano de triagem mais adequado para você.

Vacinação Personalizada em Pacientes com Doenças Neuroimunes do SNC: “Equilíbrio entre Proteção e Segurança

No Brasil, a vacinação de indivíduos com doenças imunológicas do Sistema Nervoso Central (SNC) é cuidadosamente planejada para incluir proteção contra patógenos específicos. Esses indivíduos, especialmente aqueles em tratamento com drogas imunossupressoras, são aconselhados a receber vacinas com esquema especifico.

Vacinas que contêm vírus inativados, subunidades, toxóide, ácido nucléico e vírus recombinante são geralmente seguras para pacientes imunossuprimidos. Até o momento, não existem evidências que indiquem um risco de aumento da atividade de doenças autoimunes subjacentes devido à vacinação. Especificamente no caso da Esclerose Múltipla (EM), Distúrbios do Espectro da Neuromielite Óptica (NMOSD) e outras doenças desmielinizantes do SNC, não há associação causal comprovada entre a vacinação e o risco de desenvolver estas condições inflamatórias autoimunes.

No entanto, com vacinas que utilizam vírus vivos atenuados, deve-se proceder com cautela. VACINAS CONTRAINDICADAS em vigência de imunossupressão grave, dentre essas vacinas estão: BCG, rotavírus, pólio oral (VOP), febre amarela, varicela, dengue, SCR (sarampo, caxumba e rubéola) e SCR-V (sarampo, caxumba, rubéola e varicela.

Monitoramento Efetivo de Pacientes com Esclerose Múltipla e Outras Doenças Neuroimunes: